QUANDO EINSTEIN INDICOU UM BRASILEIRO PARA O NOBEL DA PAZ

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Carta de Einstein para o comitê do Prêmio Nobel, onde o físico alemão indica o brasileiro Rondon para a premiação de 1925
Durante sua viagem pela América do Sul em 1925, o físico alemão Albert Einstein veio a ter contato com a singular história dos trabalhos realizados por Cândido Rondon.
Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958), posteriormente conhecido como Marechal Rondon, o “Patrono das Telecomunicações no Brasil”, à época trabalhava diretamente na expansão dos telégrafos no interior do país.
Ao passo que viajava, Rondon não perdia a oportunidade de aprimorar seu conhecimento em outros ramos com os quais convivia diariamente: topografia, zoologia, botânica… Chegou até mesmo a reajustar o traçado de alguns rios no mapa do país. Em suas expedições, Rondon também foi o responsável por estabelecer contato com diversas tribos indígenas, sempre por meio do estabelecimento de contatos pacíficos em que procurava respeitar as eventuais reservas destes povos diante de uma maior aproximação dos membros destas expedições com suas comunidades.
Ao longo de sua viagem, Albert Einstein veio a conhecer diversas histórias não só sobre os trabalhos de Rondon na expansão nacional do telégrafo, como também sobre as diferentes formas de contato com as comunidades indígenas que encontrava em suas expedições. Posteriormente, viu um filme que detalhava os feitos do mato-grossense.
Encantado com todo o trabalho realizado por Rondon e seu foco na paz, Einstein chegou à conclusão de que aquele homem merecia ser reconhecido mundialmente por seus atos. Foi então que, ainda em viagem, o físico alemão redigiu uma carta aos membros do comitê do Prêmio Nobel, indicando Cândido Rondon ao prêmio: “Esse homem deveria receber o Nobel da Paz por seu trabalho de absorção das tribos indígenas no mundo civilizado sem o uso de armas ou violência. Ele é um filantropo e um líder de primeira grandeza”.
Apesar da indicação do mestre da física, Rondon não foi nem indicado para a premiação daquele ano (1925). O brasileiro só veio a ser indicado para o prêmio 25 anos depois, mas não foi laureado.
A carta de indicação de Einstein era desconhecida pelos pesquisadores e permaneceu guardada, juntamente com outros documentos do físico alemão, até o ano de 1994, quando foi encontrada pelo professor Alfredo Tolmasquim, em Oslo, capital da Noruega.
Rondon não foi contemplado com o Prêmio Nobel, mas recebeu diversas formas de reconhecimento por seu trabalho. Sua data de nascimento, por exemplo, foi escolhida como data de comemoração do Dia Nacional das Comunicações (5 de maio) e, em 1956, o antigo Território do Guaporé foi renomeado para Território Federal de Rondônia, em homenagem a este desbravador tão admirado por Einstein.


Postado Por: Sr. Manolo!

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